História

A palavra Belinho vem do genitivo Belini, do nome próprio Belinus. Tudo isto nos leva a supor que os romanos do Lácio tenham povoado estes sítios. A Igreja Paroquial foi construída em 1897, mas em 1922 e 1925 sofreu diversas obras. Da antiguidade de Belinho falam documentos a partir de 1135, data em que D. Afonso Henriques doou, ao arcebispo de Braga, D. Paio Mendes, a Igrepa de S. Félix de Belínio, com todos os direitos que lhe pertenciam. As inquirições de 1220 mencionam Belinho como “freguesia de Sanfins de Belio”; as de 1320, como “Ecclesia Sancti Felicis de Belin” no território do arcediagado de Neiva. Em 1400 aparece como “San Fizz de Belinho”, e em 1528 como “S. Finz de Velinho anexa ao Cabido de Braga”. Em 1749 aparece já com o orago e a designação actuais: S. Pedro Fins de Belinho. Eis porque o primitivo orago da localidade parece ter sido S. Félix, nome que mais tarde, por corrupção, passou a denominar-se S. Fins e depois S. Pedro Fins. O vigário era da apresentação da Sé de Braga e tinha de côngrua 1800 réis o que, com os restantes rendimentos paroquiais, perfazia anualmente o total de 150 000 réis. Em Belinho temos as capelas de: Nossa Senhora da Guia, Santo Amaro e Capelas da Via Sacra. No conhecido monte Castro, vêem-se interessantes penedos com perfurações, cavidades, nichos e grutas, o que permite supor que aqui habitaram antigos povos. Este monte inóspito parece ter sido o miradoiro de uma obscura povoação pré-histórica. Do alto desse picoto ou cerro, de acesso áspero, revela-se uma encantadora panorâmica sobre a amplidão do Oceano. Aí se encontravam ruínas das moradias circulares e vagos vestígios da cerca defensiva da povoação castreja. Neste monte também existem muitos vestígios da exploração de granitos e trabalhos de cantaria dos anos 50 e 60. Nas suas veigas férteis, eram produzidos todos os tipos de horticultura, de uma maneira muito especial a célebre “pranta” de Belinho, que era comercializada nas feiras de Ponte de Lima, Viana do Castelo, Barcelos, Braga, Vila do Conde e Famalicão. Actualmente ainda existem alguns terrenos onde se mantêm o cultivo dessa espécie, principalmente na zona da Malhada, localizada a Norte da freguesia.